Mensagens anti-coaching
7 distorções cognitivas presentes na maioria delas.
(e duas falácias no fim).
Sim, quando alguém atua fora das suas competências e tenta resolver problemas sem formação adequada, pode causar muito sofrimento.
Existem riscos reais. E isto não acontece só no coaching.
Em todas as áreas profissionais há riscos quando alguém atua fora das suas competências, certo?
Mas quando generalizamos uma profissão inteira, corremos o risco de cair em distorções cognitivas. Elas não ajudam a educar, apenas criam mais afastamento em lugares onde beneficiaríamos de proximidade.
Vamos falar sobre elas?
1. GENERALIZAÇÃO
Uma experiência negativa ou a perceção de más práticas em alguns coaches é ampliada para a totalidade do coletivo.
“Se um coach errou, então todos os coaches são maus”;
2. ROTULAÇÃO AO NÍVEL DA IDENTIDADE
Coloca-se a crítica no “ser coach” (identidade), em vez de nas práticas ou competências (comportamentos).
“Ser coach é banha da cobra”;
3. POLARIZAÇÃO | DICOTOMIA (OU TUDO OU NADA)
Ou és psicólogo ou então não tens legitimidade nenhuma para apoiar pessoas. Não há gradações, complementaridades ou campos de atuação distintos;
4. AMPLIAÇÃO DO NEGATIVO | CATASTROFIZAÇÃO
O foco está só nos riscos das más práticas, sem reconhecer a existência de coaches sérios, éticos ou bem formados que podem trazer benefícios reais para a vida das pessoas.
5. RACIOCÍNIO EMOCIONAL
Usar ridicularização ou sarcasmo em vez de argumentos sólidos. Dar mais peso ao desprezo do que à objetividade.
Isso comunica mais emoção do que análise real;
6. ATRIBUIÇÃO EXTERNA SIMPLISTA
Reduzir resultados do coaching a discursos de meritocracia.
Dizer que a essência do coaching é “se eu consegui, logo tu também consegues”;
7. DESVALORIZAÇÃO DO POSITIVO
Ignora-se que há pessoas que relatam ganhos significativos com coaching.
Esses testemunhos são desvalorizados ou vistos como irrelevantes porque “não há base científica suficiente”.
E, por fim, muitos discursos anti-coaching escondem falácias nos seus argumentos:
Ad-hominem: “coaches é m*rd*” (ataca a identidade em vez de discutir práticas).
Espantalho: reduzem o coaching ao “curso de fim de semana” caricaturando a profissão e ignorando formações rigorosas.
Reconhecer distorções e falácias não é negar riscos.
É abrir espaço para diálogo com rigor e proximidade.
Como recebes estas mensagens?
Abraço sereno,
Ana Higuera